Sessão de Relato de Caso


Código

RC266

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: unicamp

Autores

  • SAMUEL GOULART NACACIO E SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Daniel Cunha Araújo (Interesse Comercial: NÃO)
  • Marcelo Paccola (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MICROANGIOPATIA RETINIANA SECUNDARIA A LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO POSSIVELMENTE DESENCADEADA POR INFECÇAO POR CITOMEGALOVIRUS

Objetivo

Apresentar o caso de uma paciente em tratamento para infecção por citomegalovírus, cujos achados oftalmológicos direcionaram para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico.

Relato do Caso

Os autores apresentam um caso de uma mulher de vinte e seis anos de idade com redução grave e indolor da acuidade visual em ambos os olhos durante investigação hospitalar de um quadro de febre de origem indeterminada. A paciente havia sido tratada para infecção por Citomegalovírus com ganciclovir intra-venoso, sem melhora e, durante esse tratamento, apresentou sintomas visuais. A investigação prévia mostrou pancitopenia, disfunção renal e hepática e sorologia para Citomegalovírus reativa para anticorpos IgG e indeterminada para IgM. Extensa investigação sistêmica descartou outras possíveis causas infecciosas. A avaliação oftalmológica revelou, ao exame de fundo de olho, presença de uma lesão purtscher-like sem sinais de inflamação e um extenso estreitamento arterial e venoso com hemorragias retinianas e pré-retinianas esparsas. De acordo com achados do fundo de olho e informações clínicas, uma hipótese de microangiopatia retiniana lúpica foi proposta em oposição à retinite por Citomegalovírus e exames laboratoriais adicionais mostraram uma reação anticorpo nuclear, anti-cadeia dupla DNA e IgM anticoagulante lúpico positivo. Com diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico definido, ciclofosfamida intra-venosa e pulso de metilprednisolona foram prescritos, além de injeções intra-vítreas de Ranibizumab e sessões de panfotocoagulação a laser em ambos os olhos, levando a estabilização do quadro, com controle do quadro isquêmico da retina e melhora da função renal.

Conclusão

Diferentes patologias podem ter apresentações semelhantes, conhecer os diagnósticos diferenciais e reavaliar as hipóteses iniciais permitem que o médico detecte sobreposições clínicas e realize a melhor condução dos casos, além de se aprimorar técnicamente.

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