Sessão de Relato de Caso


Código

RC268

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos de Feira de Santana (CLIHON)

Autores

  • MONIQUE FIGUEIREDO ROLIM (Interesse Comercial: NÃO)
  • CAMILA LISANDRA DANTAS DE AMORIM (Interesse Comercial: NÃO)
  • HERMELINO DE OLIVEIRA NETO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURORRETINITE POR BARTONELLA HENSELAE: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de neurorretinite por Bartonella henselae tratada em monoterapia com cloridrato de doxiciclina apresentando grande melhora visual.

Relato do Caso

T.S.C., feminino, 31 anos, atendida em consulta de urgência com queixa de BAV progressiva em OE há 5 dias. Relatava pródromo febril, além de forte cefaleia. No momento do atendimento, persistia BAV associado ao quadro de dor. Negava outras queixas. Relata contato com gato de estimação. Ao exame oftalmológico: AVcc (Snellen) OD: 20/20; OE: Percepção luminosa. Biomicroscopia: AO: defeito pupilar aferente em OE, sem outras alterações. Fundoscopia: OD: sem alterações; OE: disco pálido, bordos mal definidos, exsudatos perimaculares, com formação de estrela macular (imagem 1); PIO: OD: 10mmHg; OE: 12mmHg. Diante do quadro de neurorretinite, associado à história clínica, considerou-se como principal suspeita diagnóstica Doença da arranhadura do gato, sendo solicitadas sorologias infecciosas, prescrito uso de cloridrato de doxiciclina 100mg, 12/12h, por 30 dias e acompanhamento regular. Triagem sorológica apresentando IgG e IgM positivo para Bartonella henselae; demais sorologias negativas. Paciente evoluiu com melhora visual progressiva, apresentando ao final da antibioticoterapia AVcc OE: 20/70, e, após 2 meses do quadro, 20/25 (imagem 2).

Conclusão

Trata-se de um caso de neurorretinite por Doença da arranhadura do gato, apresentando alterações oftalmológicas clássicas – presentes em apenas 5% dos casos. Nossa paciente apresentou excelente resposta após tratamento monoterápico com cloridrato de doxicilina por quatro semanas, não sendo utilizado rifampicina ou prednisona, como descrito em outros estudos. Apesar de não haver garantia que a melhora do quadro se deva ao uso de antimicrobiano ou se decorre da auto limitação da doença, estudos sugerem tratamento de todos os paciente com manifestações neurológicas ou oculares, como um esforço para reduzir sequelas a longo prazo.

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