Sessão de Relato de Caso


Código

RC022

Área Técnica

Córnea

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: AEBES - Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV)

Autores

  • PAMELA MAZZINI HOMBRE (Interesse Comercial: NÃO)
  • FLÁVIO GUSMÃO TRANCOSO (Interesse Comercial: NÃO)
  • RODRIGO CARVALHO AMADOR (Interesse Comercial: NÃO)

Título

LESAO CORNEANA POR PICADA DE ABELHA DOCUMENTADA POR OCT DE SEGMENTO ANTERIOR – RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de lesão corneana por picada de abelha com desfecho favorável e documentação por Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de segmento anterior.

Relato do Caso

Paciente de 32 anos, masculino, sofreu picada de abelha em olho esquerdo (OE). Em atendimento inicial no município de origem, submetido à irrigação ocular com soro fisiológico e retirada do ferrão da córnea. Evoluiu com piora da dor e turvação visual, sendo encaminhado ao HEVV 4 dias após o trauma. À admissão: acuidade visual (AV) de 20/20 em olho direito (OD) e conta dedos frente a face em OE. Biomicroscopia do OD sem alterações e em OE apresentava: hiperemia conjuntival 4+; córnea com epitélio íntegro, edema estromal 2+ e dobras de Descemet radiais partindo de opacidade central densa de 1,5 x 1,2 mm; atrofia iriana inferior e restante do exame normal. OCT de segmento anterior do OE mostrou edema corneano localizado, desorganização da estrutura estromal e aparente ruptura da membrana de Descemet. Aventada hipóteses diagnósticas de ceratite infecciosa e reação inflamatória ao veneno da abelha. Coletado raspado da lesão e prescrito colírios Vancomicina, Amicacina e Dexametasona 1% em OE. Com resultado de cultura negativo e melhora clínica progressiva, a partir do 7º dia de tratamento fez uso apenas de corticoide e Moxifloxacino 0,5% tópicos em regressão. Ao 12º dia, córnea transparente sem dobras e com opacidade central inalterada. Paciente encontra-se em acompanhamento, assintomático sem uso de colírios, AV 20/25 em OE (plano -0,75 CIL 40º). Novo OCT ao término de 40 dias de tratamento mostra resolução do edema corneano e opacidade estromal sequelar em OE.

Conclusão

Apesar de incomum, o trauma ocular por picada de insetos pode resultar em graves complicações oculares, cujo tratamento precoce pode prevenir perdas visuais. A distinção clínica inicial entre infiltrado corneano infeccioso e estéril, secundário à toxicidade do veneno, é um desafio. O OCT permite a análise da microarquitetura corneana e vem emergindo como uma ferramenta clínica promissora para diagnósticos e acompanhamento.

Promotor

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Organização

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