Código
RC152
Área Técnica
Oncologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UNIFACISA
Autores
- YASMIN OLIVEIRA DE CARVALHO (Interesse Comercial: SIM)
- Ana Luiza de Medeiros Motta (Interesse Comercial: NÃO)
- Bruno Furtado Carneiro da Cunha (Interesse Comercial: NÃO)
Título
EXENTERAÇAO COM RETALHO FRONTAL PARA TRATAMENTO DE CARCINOMA DE CELULAS ESCAMOSAS INVASIVO DE PALPEBRA
Objetivo
Relatar caso de carcinoma espinocelular invasivo de pálpebra com exenteração e resultado satisfatório
Relato do Caso
J. B. S., sexo masculino, 70 anos, procurou o ambulatório de oftalmologia da UNIFACISA queixando-se de BAV em OD há 4 meses. Hipertenso, portador de glaucoma, fazia uso de timolol há 5 anos, sem acompanhamento especializado. Relatava história de cegueira em OE atribuída ao glaucoma há 3 anos. Ao exame, apresentava: AVL de movimento de mãos em OD e percepção luminosa sem projeção no OE. À biomicroscopia, apresentava blefarite em AO com secreção purulenta abundante,catarata total em OD, irregularidade em margem palpebral inferior com perda de cílios, lesão nodular em conjuntiva bulbar nasal invadindo córnea difusamente, com tufos vasculares, simbléfaro inferior e superior com invasão de fundo de sacos em OE.A fundoscopia de AO e a tonometria do OE foram inviáveis.A PIO do OD foi 18mmHg. Prescrevemos macrolídeo oral, pomada combinada, higiene local e lubrificante, além de solicitados exames pré operatórios para exenteração do OE e para facoemulsificação com implante de LIO de OD.Solicitamos TC de órbitas que evidenciou lesão mal definida pré septal a esquerda de natureza indeterminada medindo cerca de 2x1,7 cm,discreto realce homogêneo após a infusão com contraste, densificação de planos subcutâneos em região periorbitária esquerda além de discreta enoftalmia em relação ao lado contraleral. Indicamos a exenteração devido a característica invasora e a limitação em região pré septal que foi realizada com retalho frontal sob anestesia geral, sem intercorrências. O paciente foi encaminhado para FACO + LIO do OD e encontra-se em acompanhamento semestral no ambulatório de plástica ocular, sem necessidade de terapia antineoplásica complementar.
Conclusão
Concluímos que a exenteração, quando bem indicada em tumores invasivos de órbita, pode ser a melhor opção terapêutica.
ANVISA: 25352012367201880