Sessão de Relato de Caso


Código

RC064

Área Técnica

Geral

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Allume Oftalmologia
  • Secundaria: Universidade Federal do Maranhão

Autores

  • THAISSA RODOLFO ALMEIDA DE CARVALHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • NATALIA TORRES GIACOMIN (Interesse Comercial: NÃO)
  • ALBERTO SOARES MADEIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ABORDAGEM CIRÚRGICA NA CISTICERCOSE OCULAR: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de cisticercose ocular e a abordagem cirúrgica adotada.

Relato do Caso

Paciente sexo feminino, 72 anos, sem comorbidades. Procurou o oftalmologista com queixa de olho vermelho e lacrimejamento. Tem história anterior de facoemulsificação com implante de lente intraocular em AO há mais de 10 anos e vitrectomia via pars plana associada a endofotocoagulação a laser e implante de gás C3F8 há 1 ano devido à síndrome da tração vítreo macular em OE. Realiza acompanhamento anual e tem AV no OD 20/20 com a seguinte correção -0,75 -0,50 a 130º e 20/30 no OE com a seguinte correção: -0,50 -0,50 a 90º. Apresentava injeção ciliar 2+, reação de câmara anterior 2+ e imagem em OD sugestiva de cisticerco no ângulo camerular às 12h. Realizou-se TC de crânio para pesquisa de neurocisticercose, demonstrando dois focos ativos da doença, teste de HIV negativo, exames laboratoriais e EPF (3 amostras) normais. Prescreveu-se albendazol 400 mg de 12/12h por 10 dias e prednisona 20mg 2 comprimidos 1 vez ao dia por 10 dias. Procedeu-se com a retirada cirúrgica por incisão clear córnea tunelizada com bisturi de 2.4 mm de diâmetro, seguida de injeção intracameral de viscoelástico, retirada do cisticerco com auxílio de espátula de íris e selamento da incisão com hidratação estromal. Ao anatomopatológico foi evidenciado apenas a cápsula do cisticerco. Pós-cirúrgico de boa evolução, com decisão conjunta entre equipe e paciente por tratamento conservador clínico pela ausência de sintomas neurológicos. Houve manutenção da visão e melhora dos sintomas. Segue em acompanhamento semestral na oftalmologia e neurologia.

Conclusão

Apesar dos cistos possuírem limiar de tolerância maior pelo organismo, sua morte desencadeia resposta inflamatória severa através de citocinas liberadas desencadeando perda visual, caso a intervenção cirúrgica não ocorra precocemente. Ademais, medidas de saneamento básico, higiene e detecção precoce são indispensáveis à interrupção do ciclo do helminto e sucesso terapêutico.

Promotor

Realização - CBO

Organização

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63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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