Sessão de Relato de Caso


Código

RC043

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Sociedade Beneficente Santa Casa de Campo Grande

Autores

  • POLLIANA ALVARENGA RODRIGUES (Interesse Comercial: NÃO)
  • PRISICLA GODOY FRANCO FREITAS TODESCATO (Interesse Comercial: NÃO)
  • CRISTIANE SANTOS BERNARDES (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PERFURAÇAO CORNEANA BILATRAL EM PACIENTE COM TIREOIDOPATIA NAO DIAGNOSTICADA

Objetivo

Relatar um caso de úlcera corneana perfurada bilateralmente em uma paciente com Doença de Graves sem diagnóstico.

Relato do Caso

Paciente N.F.S, feminino, 48 anos, proveniente de Iguatemi (MS), deu entrada no Pronto Socorro da Santa Casa de Campo Grande, com queixa de dor ocular e diminuição importante da acuidade visual em ambos os olhos há 2 meses. Relatava início dos sintomas há 4 meses, tendo sido tratada por clínico local como conjuntivite. Referia emagrecimento de 20kg em 60 dias. Negava cirurgia ocular e trauma. Referia câncer de estômago há 6 anos, tendo realizado quimioterapia e radioterapia. Tabagista há 28 anos (20 cigarros/dia) e ex- etilista crônica (parou há 5 anos). Em uso de diazepam 5mg 2x/dia. Ao exame apresentava acuidade visual sem correção de percepção luminosa em ambos os olhos (AO). A ectoscopia apresentava exoftalmia e esotropia alternante AO. A biomicroscopia apresentava em OD (olho direito) hiperemia conjuntival 2/4+, câmara anterior rasa, córnea em melting e perfuração inferior, e em olho esquerdo (OE), hiperemia 2/4+, câmara anterior rasa, úlcera corneana com infiltrado de 5x3,5mm e perfuração central. Foi prescrito colírio de antibióticos fortificados, e solicitado exames laboratoriais confirmando que paciente apresentava hipertireoidismo sem diagnóstico. Foi realizado transplante penetrante de córnea e tarsorrafia temporária em OE, e programado transplante de córnea de OD em 1 semana. Porém paciente evoluiu com crise tireotóxica, foi levada para UTI, mas evoluiu para óbito após 9 dias de internação.

Conclusão

A orbitopatia tireoidiana é uma condição que afeta aproximadamente 50% dos portadores de Doença de Graves, cujas manifestações principais incluem exoftalmia e retração palpebral, que podem cursar com úlcera de córnea por exposição. Sendo assim, o oftalmologista tem papel fundamental no diagnóstico de graves doenças sistêmicas evidenciadas por pequenas manifestações oculares, que podem assim ser diagnosticadas e tratadas de forma adequada evitando desfechos trágicos como o do relato de caso.

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